DEBATE

Os partidos políticos são fundamentais para a democracia, mas esta não se esgota neles.
Cada vez mais, o divórcio entre políticos e eleitores tem vindo a aumentar e a abstenção a subir.
Cada vez mais, cidadãos empenhados no exercício da sua cidadania formam grupos independentes para intervir na vida social e política da sua comunidade.
A questão que levantamos é esta
Poderão estes grupos de cidadãos constituir uma alternativa aos partidos políticos?
FF aos 23.10.2008

11 comentários:

Anónimo disse...

Os exemplos já conhecidos mostram que têm desempenhado um papel importante para o avanço da democracia e para a população sem prejuízo para os partidos.

Anónimo disse...

Os partidos já estão desvirtuados, movem-se na lógica do poder pelo poder e no interesse pessoal.
O divórcio com a sociedade é latente.
Acho que sim, que os grupos de cidadãos são uma alternativa para que se volte a acreditar.

Anónimo disse...

Claro que são.
Se os partidos não querem saber da pagode o pagode responde-lhes com a abstenção.
Mas cuidado. É preciso saber quem são os independentes.

Daniel Geraldes disse...

Eu acho claramente que sim, em democracia todos são validos e os grupos de cidadãos podem ter um papel importantissimo se mobilizados para a Causa Publica.

Anónimo disse...

"A intervenção social e política não se esgota na militância partidária, nem os partidos são monopólio do exercício da cidadania"...

"Os partidos políticos são cada vez menos espaços de formação cívica e ideológica e tendem a transformar-se em meros instrumentos de conquista ou manutenção de poder"...

Estas afirmações pertencem ao meu camarada Nuno Tavares, presidente da CPC do PS-Seixal, mas eu subscrevo-as, aqui.

Eu próprio sempre exerci, a minha cidadania, intervindo politicamente e socialmente, desde que comecei a ser trabalhador-estudante,já lá vão 40 anos, à margem de qualquer partido.

Daí tenha sido como independente eleito na lista do PS, para a Assembleia de freguesia.

Só depois aceitei o convite que o Ex-presidente da CPC me fez para me filiar no PS.

Por isso estou àvontade para dizer o seguinte sobre os Grupos de Cidadãos Independentes que, eventualmente, se venham a formar em Fernão Ferro para intervirem na vida social ou politica da freguesia:

- Já são poucos os que encaram a política como serviço público e a abraçam com desinteresse materialista.

São ainda menos aqueles que lutam por um ideal de sociedade mais justa e solidário.

Mas, felizmente, ainda existem.

Se a constituição de grupos de pessoas generosas para intervirem
activamente na sua comunidade é importante para espicaçar os próprios partidos políticos, penso sinceramente que é muito mais importante que estas pessoas se integrem nos partidos com os quais possam estar mais perto ideológicamente para que dentro deles possam ser mais úteis e fazer um trabalho mais profícuo.

Nem sempre é fácil combater o oportunismo e o cinismo que polula por aí, pois está liberalizado o conceito de que o mundo é dos espertos e quem não souber aproveitar é parvo.

Mas, talvez, seja mais difícil ainda fazer esse combate fora das estruturas partidárias.

Ana disse...

Sou da opinião que a democracia não se esgota nos paridos políticos, é dever e obrigação e acima de tudo um direito de todo o cidadão, ter uma participação activa na sua comunidade. Os partidos são fundamentais ao normal funcionamento e desenvolvimento da democracia, mas há mais muito mais para além destes. Os cidadãos encontram-se inseridos no dia a dia das comunidades, conhecem na integra os seus anseios, as suas necessidades básicas e não estão sujeitos a nenhuma hierarquização de poder, podem por vezes de forma extremamente simples resolver problemas que até são simples mas que se tornam muito complicados quando têm que ultrapassar os diversos patamares hierárquicos de uma organização politica. Sou de opinião que os movimentos de cidadãos são uma mais valia para a nossa democracia e podem desempenhar um papel fundamental junto dos partidos, o de por estes a pensar que talvez tenha chegado a altura de mudarem de estratégia. Normalmente os partidos não gostam muito deste tipo de movimentos (especialmente quando estão no poder), mas também é tempo de compreenderem que todos somos poucos pelo muito que temos que fazer em prol do nosso semelhante. Acabei de ler jornal no “Comércio do Seixal e Sesimbra”, a notícia sobre o “Movimento Cívico por Sesimbra” e com todo o respeito pelas motivações politicas, gostaria de realçar as motivações sociais. Estas são cada vez maiores e é com muito apreço que registo o que este governo tem feito nesta área, mas, para que elas tenham o efeito desejado é preciso um “trabalho de campo” que não passa só pelos partidos, embora passe por eles também, como é óbvio, é toda uma comunidade que deve colaborar, ter uma atitude pro-activa no sentido de levar cada vez mais longe a solidariedade. Portanto e também com o objectivo de credibilizar a política: “SEJA BENVINDO QUEM VIER POR BEM”.

Filipe de Arede Nunes disse...

A JSD Seixal lança hoje um novo projecto: a JSD Seixal TV.

Veja tudo em: www.juventudeseixal.blogspot.com

Cumprimentos,
Filipe de Arede Nunes

Anónimo disse...

Tachos e poleiros já não chegam para tantos galos e só se lembram do povo na caça ao voto.
E nós vamos votar neles?
Gestores com mordomias de bradar aos céus, políticos corruptos, reformas milionárias, benesses para a família e amigos, etc.
E quem paga?
E vamos votar neles?

Anónimo disse...

O anónimo das 15:12 deve estar a referir-se aos ex-gestores da Gebalis.
A lista arrepia.Vejam só o que o Correio da Manhã de hoje divulgava: 133 euros para uma refeição no luxuoso Gambrinus.
5971 euros em refeições no estrangeiro.
Refeições pagas aos amigos.
Mário Peças ex-vogal que já tinha um abono mensal para alimentação gastava mais uma média de 2000 euros em refeições.
A ex-vogal Clara Costa adicionava mais 500 e o Francisco ribeiro 630.
Gente fina só come em restaurantes de luxo com especial requinte gastronómico.
Tudo almoços de trabalho porque esta gente só trabalha ao almoço.
Nos intervalos viajam com companhia para combater a solidão.
E quando se cansam reformam-se com reformas de miséria que rondam os 3000 para cima.
São estes doutores da mula ruça que levam as empresas à ruína.
As suas viagens custaram à empresa 81.000 euros.
Wisky velho, marisco e uma bela charutada fazia parte do cardápio.
Era um fartar vilanagem.
E quantos mais andam por aí a fazer imitação?

Anónimo disse...

Indubitavelmente qualquer cidadão no cumprimento da sua cidadania tem não só o direito como o dever de contribuír para o bem-estar da sua comunidade e quando há um conjunto de vontades que se organizam para poderem dar maior expressão a esse objectivo esta acção só pode ser louvada.
Quanto maior for a participação dos cidadãos na vida social e política mais rica será a democracia e melhor a sociedade.
De facto, os partidos nem sempre dão as melhores respostas aos anseios da população o que leva esta a encontrar alternativas.
Tenho conhecimento que em Fernão Ferro há um grupo de cidadãos com vontade de apresentar em breve uma alternativa ao panorama partidário actual.
São pessoas que me merecem todo o respeito porque são sérias e estão empenhadas em trabalhar em prol da freguesia e que vivem descontentes com o que vêem no seu dia-a-dia.
Mas eu continuo convencido que uma alternativa deste género só será alternativa se fôr capaz de vencer e convencer.
Por mim, estou decidido a intervir activamente para desmascarar, todos os oportunistas que já se perfilam para as próximas eleições autárquicas.
Não lhes vou dar tréguas. Conheços-os muito bem, e não vou permitir nem lhes dar cobertura para satisfazerem os seus interesses pessoais.
Estejam eles dentro ou fora do PS.
Esta é a garantia que eu dou porque o que faz falta na freguesia é de pessoas que queiram trabalhar em prol dela e não em proveito próprio.
Pessoas dedicadas e que aliem à sua competência e capacidade a seriedade, a coragem e a verticalidade para poderem ser justas no exercício do poder.

paulojota disse...

claro que podem e devem .
pelo menos no poder local á muinto que já devia ser a sim.
pois os partidos servem nao para servir mas para serem servidos.
acho que há pessoas com valor em todos os partidos mas têm que servir a maquina do partido.
mas para sermos livres temos de nao estar agarrados a nenhum partido.
por que nao as pessoas juntarem-se e lutarem pelos seus direitos,porque nao as pessoas largarem o bicho da ambiçao,e pensarem mais no plural.nao em si mas nos outros.
por vezes levam boas ideias mas depois oferecem-lhes uns cargos e eles depressa se vendem.
mas é assim o nosso país e acho que vai ser dificil mudar.o bicho está entranhado á muintos anos.muintos vicios muinta currupuçao,muinto clientelismo.enfim é o país que temos.