ACTUALIDADE

Aconteceu ao vizinho, mas poderia ter ocorrido aqui!
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Senhor de idade e com graves problemas de saúde foi abordado por dois desconhecidos na rua, acabando por ficar sem dinheiro e sem documentos.


NO PASSADO dia 18 de Setembro, António, 79 anos, dirigiu-se a um balcão da Caixa Geral de Depósitos, na Quinta do Conde, concelho de Sesimbra, onde efectuou um levantamento de 1.100 euros. Já na rua, em plena Avenida Principal, António dirigiu-se à sua viatura, estacionada perto do Minipreço, levando consigo uma pasta onde guardava dinheiro, cheques, caderneta da conta e outros documentos.
Antes de chegar ao carro, foi abordado por um desconhecido que parecia ter achado uma carteira. «Vi-o abrir a carteira à minha frente. Não percebi que notas eram, mas parecia estar recheada», contou António ao Notícias da Zona. O indivíduo diz-lhe que, dado não haver mais testemunhas, poderiam dividir o dinheiro entre ambos. António recusou de imediato, alegando que não queria nada para si, e avançou até ao seu carro, mesmo com a insistência daquele homem para dividirem a quantia.
Sem contar com o que se seguiria, chegou a casa e abriu o portão para estacionar o carro, como é habitual. Retirou do carro a sua pasta, pousando-a no muro. É então que vê «um outro indivíduo, de estatura baixa, que se encontra a uns quatro metros à minha frente, que me pergunta por um suposto engenheiro Taborda. Fiquei a pensar quem seria, pois nunca tinha ouvido falar no tal engenheiro, e até me aproximei para lhe dizer que talvez um vizinho ali perto o pudesse ajudar, por já cá morar há mais anos do que eu».
Quando regressou ao local onde tinha deixado a sua pasta, verificou que tinha desaparecido.
António disse-nos que o desaparecimento só poderia dever-se ao facto de se ter afastado um pouco para responder ao homem e que alguém teria passado pelas suas costas, roubando a pasta.
António avisou de imediato as autoridades, que o aconselharam a dirigir-se novamente à Caixa Geral de Depósitos, de forma a cancelar a sua conta quanto antes, conselho este que seguiu à risca.
Contudo, para António, a saúde está primeiro que a perda do dinheiro. O seu maior desassossego é o facto de ter perdido requisições de análises, outras análises já prontas a apresentar ao médico, assim como os cartões de saúde e outros documentos, tanto seus como da sua esposa.
O NZ faz questão de alertar a população para o caso de António, nome fictício que lhe atribuímos para que não sofra represálias, agradecendo que contacte o nosso jornal, caso encontre qualquer documento perdido.

Sandra Mendes

Publicado no Jornal Notícias da Zona, de 28 de Setembro de 2008. (Os leitores poderão solicitar um exemplar em formato "pdf" junto de noticiasdazona@netvisao.pt )
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FF aos 29.09.2008

8 comentários:

Anónimo disse...

Hoje já não existe respeito por ninguem nem pelos nossos velhinhos.
Estes vandalus nao estão preocupados com isto porque em principio nunca lá chegaram. Da meneira que está pratica acontece a população vais revoltando e a estes fulanos espera os a quinta das tabuletas que vai ser inaugurada antes das proximas eleições autarquicas, com pompa e circunstância pelo nosso presidente da junta.

Anónimo disse...

O que se está a passar na nossa sociedade é por demais preocupante. Relato uma situação que se tem verificado na freguesia. Existem uns meliantes que se tÊm introduzido nas habitações durante a noite, com os proprietarios a dormir e roubando tudo o que apanham.
Todo o cuidado é pouco já que nem em nossas casas nos sentimos seguros, como é que entã poderá haver segurança na via publica?
Não tenho solução para o caso, referi solucão com meis pacificos e racionais. A GNR não chega para as encomedas, vai fazendo o que pode e o que não pode, então só há uma solução, porrada, trancada e dente por dente, porque assim propagar-se-ia que em Fernão Ferro não se brica. Caso contrário penão que somos uns moles.

Anónimo disse...

Este blogue permite que nós participemos nos debates que respeitam a Fernão Ferro.
Faço votos para que os autarcas leiam e meditem sobre o que é dito, já que até esta hora o nivel de comentários é exemplar.
Como sou logista no centro da vila e tenho medo quando fico sozinha.
Só vejo policia ao sábado de manhã.

Anónimo disse...

Estes acontecimentos que deixaram de ser ocasionais para passarem a ser prática reiterada estão em relação directa com a educação que se dá aos miúdos.
Hoje já não é "de pequenino que se torce o pepino". Hoje já não se torce nem se deixa de torcer.
Eu também tenho miúdos pequenos e tento ser um pai presente e estar alerta. É obvio que nos dias que correm muitas situações, por falta de disponibilidade temporal passam-nos ao lado, mas jamais um filho meu falta o respeito seja a quem for e muito menos aos mais velhos. Isto é lhes incutido de pequenino, para precaver situações deste tipo.
Como exemplo ainda na semana passada o meu pai foi roubado dentro de um autocarro, por um menos que lhe roubou o fio de ouro que trazia ao pescoço.
Esta criança é um cobarde já que se tratava de um velhote de 68 anos.
Também acredito que muita desta violência gratuita provêm das dificuldades que estamos a atravessar, mas isso não é desculpa para cometer este tipo de actos.
Nós, sociedade temos de repensar muito depressa o que pretendemos para o futuro, caso contrário vamos deixar de ter futuro e num espaço temporal muito próximo vamos passar a andar todos "chipados" como os animais, para fazer face ao medo.

Anónimo disse...

Ena pá o filme tá memo radical.
Vocês são irreveretes.
Gostava de me juntar á equipa.
Como posso?

Ana disse...

Existem por vezes coisa simples que se podem fazer sem grandes encargos, estou a pensar e aqui fica uma sugestão para quem de direito de emitir uns folhetos em A5 que se distribuíssem pelas caixas dos correios a sensibilizar as pessoas para comportamentos a evitar, não pretendo de maneira nenhuma ter a veleidade de acabar com a criminalidade, mas se evitar uma já é um bom ganho.
Cumprimentos

Anónimo disse...

Numa freguesia onde metade da sua população é gente idosa, a Junta de Freguesia podia e devia alertar estas pessoas para casos desta natureza informando-as sobre os cuidados a ter para melhor evitar as armadilhas que os vigaristas estão sempre a montar aos mais incautos, que normalmente são pessoas de boa fé.
Para isso a Junta pode fazer uma nota informativa e distribuí-la no mercado, nas associações de moradores e colectividades,na igreja, na Associação de reformados e em todos os sítios de grande movimento de pessoas.
Enfim a idéia da Ana é boa e vamos esperar que o executivo da Junta a tome em conta porque cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém.

Anónimo disse...

Nalguns países organizam-se comités de vigilância formados por cidadãos que trabalham em conjunto com a polícia.
Por cá, já não seria mau se cada um de nós chamar a polícia sempre que vir algo suspeito.